quarta-feira, 21 de abril de 2010

Primeiro post

Olá, tudo bem? Sim, querido(a), mais um blog na internet... Aliás, esse aqui já está velho, só nesses segundos em que você iniciou a leitura, foram criados milhões de outros blogs pelo mundo, melhores ou piores que o meu. “Mas, vamos lá”, né?

Alice, de Tim Burton (com spoiler!)


Você já deve ter lido muita coisa por aí de gente dizendo que é bom/ruim, whatever, mas eu passei uma semana esperando pelo assunto perfeito pro primeiro post do INYB e agora eu já tenho um. o/
Tim Burton é famoso pelas peculiaridades que ele tanto gosta de colocar nos filmes, todo mundo sabe. O diretor – que parece ter uma estranha obsessão por mulheres de cabelo loiro com sobrancelha preta – decidiu que ia se inspirar nas obras de Lewis Carroll para o seu novo filme: Alice. Mas o cara só se inspirou, porque o filme não tem muito a ver com a obra mais conhecida do autor.
Pra início de conversa, eu não faço a mínima idéia de como aquele roteiro foi escrito. Será que alguém foi pago pra escrever aquilo? Será que o Tim Burton, num surto de criatividade, pensou “hey, vou começar escrevendo qualquer coisa pra ver no que vai dar”? Ou ele teria ido pra frente de uma escola primária e gritado: “pirulitos por um roteiro, balas e doces por um roteiro!”? Não sei, as possibilidades são tantas que um amigo meu chegou a pensar que o cara escreveu tudo usando fezes, não tinta normal pra caneta. Preciso escrever mais alguma coisa sobre o roteiro? Não, né...
O filme começa bem, normal, com uma atriz principal totalmente perdida no papel (Mia Wasikowska)... Até a parte em que ela precisa diminuir de tamanho pra finalmente voltar pra Wonderland. Nesta versão – “versão” –, os personagens que não tinham nomes antes são nomeados. Por aí já começa o erro, Tim Burton esqueceu que um clássico jamais (JAMAIS!) deve ser modificado. Aliás, ele esqueceu tanto, mas tanto, que acabou tendo a grande e maravilhosa idéia de criar uma espécie de “clima” entre o Chapeleiro Louco (Johnny Depp) e Alice! Como ele pôde macular tanto assim a história...?
Tirando a parte gráfica do filme (que deve ficar boa num cinema 3D – ainda não tem na minha cidade, né, Moviecom? ¬¬), nada de bom sobra, nem a trilha sonora salva o enorme erro que o filme foi (ou você vai me dizer que a música dos créditos é boa? Avril Lavigne, sério?).Eu espero que o mundo não se contente apenas com gráficos em 3D, porque, pelo o que parece (isso desde Avatar), o enredo está sendo deixado pra trás e as superproduções de Hollywood acabam sendo vazias e sem nenhuma profundidade, acabam sendo clichê. Só pela sinopse do filme você percebe: Alice precisa matar um “monstro” (esqueci o nome do bicho XD) pra salvar Wonderland da tirania da Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter) - que tem nome, mas, como eu achei desnecessário, nem me importei em ler nas legendas – que, por sua vez, tomou o lugar da irmã, a Rainha Branca (Anne Hathaway). Nisso tudo, acontece uma... Guerra. Uma guerra no estilo “épico”, daquelas beeeem Senhor dos Anéis (aliás, copiaram Minas Tirith pra fazer o castelo da Rainha Branca, né?), em que “o bem e o mal se enfrentam para salvar o destino da humanidade e blablabla”. Nessa “batalha” (risos), Alice tem que matar o tal dragão com uma espada específica, mesmo sem saber lutar (já que espada “sabe o que quer”), pra “cumprir a profecia” (mais risos para a profecia).
Esse filme não serve pra muita coisa, só pra gastar dinheiro com o ingresso e a pipoca. Mas eu vou deixar um recadinho pro nosso diretor favorito: ei, Tim, não funcionou, foi tosco! Você rompeu com anos de versões tradicionais de Alice In Wonderland e eu tenho quase certeza que o Lewis Carrol chorou sangue no túmulo com o seu filme. Eu, pelo menos, rasguei o ingresso antes mesmo dos créditos, não agüentei a sensação de heresia (azia) que eu tive durante toda a seção. Muito obrigada por ter criado climinha entre a Alice e o Chapeleiro, obrigada pelos nomes desnecessários e complicadinhos, enfim, obrigada por toda essa tosqueira! Beijos XD

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